sábado, 28 de julho de 2012

O velho bandeirante solitário






No cruzar das avenidas Goiás e Anhanguera, lá está ele. Seu olhar é fugaz. Semblante autoritário. Suas vestes são firmemente abotoadas, seus cintos afivelados. O punho firme segura o bacamarte, arma de fogo muito utilizada no século XVIII. Na outra mão uma bateia, símbolo da exploração do ouro, e uma espada. Carrega também junto ao cinto um pequeno canivete. Aventureiro e destemido, foi considerado inimigo invencível pelos índios das terras goianas, por isso era chamado de diabo velho, Anhanguera na língua indígena.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Saindo da caverna...


Eles estavam acorrentados na caverna úmida e escura. Ali nasceram, ali cresceram. Por uma pequena fresta da caverna uma luz atravessava e projetava variadas imagens. Umas movimentavam rapidamente, com formas esquisitas e irreconhecíveis, outras apareciam e se movimentavam mais vagarosamente. O silêncio às vezes era entrecortado pelo ruído que vinha daquelas sombras na parede. O rumor vinha como um eco, inteligível, indescritível. 


terça-feira, 17 de julho de 2012

Resenha do filme IRREVERSÍVEL, de Gaspar Noé







Violência, sexo, drogas, prostituição, estupro, morte, vingança são algumas das temáticas tratadas no filme Irreversível, do diretor Garpar Noé. Um filme ímpar, tanto pela polêmica cena de estrupro, que durou cerca de nove minutos, como pela narrativa apresentada de trás para frente, ou seja, o filme começa pelo fim. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012


O olhar masculino no cinema narrativo clássico
(Análise dos filmes "A dama de Xangai" e "Vênus Loura" com base nos escritos de Laura Mulvey e Ann Kaplan)
 Orson Welles

Segundo Laura Mulvey, existem três tipos de olhares no cinema narrativo clássico, que são explicitamente masculinos: (1) o olhar da câmera, (2) o olhar do telespectador e (3) o olhar dos protagonistas masculinos no filme.





Resenha do filme "Cronicamente Inviável", de Sérgio Bianchi

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Entrevista com o fotógrafo Hélio de Oliveira

 Hélio de Oliveira



“Capricha, porque você vai tirar fotografia do presidente na nova capital do Brasil”. Com 82 anos de idade e 60 anos de paixão pela fotografia, até hoje Hélio de Oliveira se recorda com orgulho dessa frase que o presidente Juscelino Kubistchek lhe disse há mais de 50 anos, quando pisou pela primeira vez no local onde seria construída Brasília.